terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Algumas palavras mais.

Sinto um certo cheiro no ar. Algo diferente. Não. É uma sensação, não um cheiro. Algo indefinível. É algo assim:__________! Pois é. Ires e vires. Caminhei com minhas próprias pernas por um tempo. Cheguei a cansar. Sentei-me. Pensei em dormir. Na calçada mesmo, como fosse, como estivesse. Mas não dormi. Sentei-me. E só. Olhei ao redor. Vi o que havia. Rodeei-me de presenças que se tornaram cada vez mais fantasmagóricas. De presenças que não preencheram nada. Mas pergunto a mim mesmo: deveriam preencher alguma coisa? Se deveriam, o que seria? E se isso devesse estar preenchido de si mesmo, e não de presenças? Eis que volto sempre ao mesmo ponto de partida, quando na verdade nem sei se volto pois nem sequer sei se saí dele. Penso estar andando em círculos, mas nem sei se saí do lugar, nem sei se estou ou estive andando. Acho que não. Acho que estive sentado esse tempo todo, olhando ao redor, permitindo que um ou outro sentasse ao meu lado em alguns momentos, quando eu queria, quando achava que era bom, trocava algumas palavras, e depois deixava que se levantasse e seguisse seu curso. Eu pareço ter permanecido aqui sentado. E agora começo a perceber que talvez nunca tenha querido sair daqui, afinal. Quando tudo perde o sentido, tudo passa a fazer sentido.

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