segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Hoje

Começo com reticências: … Depois não há muito o que dizer. Dia cinza, quente. Dores. Sono. Insônia. Idéias contraditórias, que se complementam. Escrita confessional, a mesma outrora odiada. Ao menos, sem propósito algum. Ao menos, não se quer nada. De tudo, nada. Absoluta falta de propósito. Absoluta falta de objetivos. Absoluta falta. Não se consegue pensar com dor. Não se consegue dormir com dor. Na dor, tudo é incerto. Não se pode confiar. Não se pode desconfiar. Confesso que não tenho nada a confessar. Nada tem adiantado. Não sei. O cansaço a única certeza. A incerteza, a única certeza. Não dá para viver com isso. Será possível entender? Compreender? Como se suporta? Qual a razão das lamúrias? Não seria melhor simplesmente fingir que tudo não existe? Viver como se não se vivesse? Como se nada existisse? Como se nada fizesse diferença? Mas não. As coisas são. Existem. Arrependo-me disso.

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