segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Drang und Drangsal

Impulso. De uma só vez. Tudo, ou quase, dito. Verdades. Vontade de mais, vontade demais. Será? Deve-se dar o passo adiante? E se for cedo? E se for tarde? E se não for? O resto encontra-se no vazio. Nas entrelinhas. No que não está escrito. Ao bom leitor, meio pensamento basta. Que pensar? Pensar é penoso. Escorregadio. Cai-se facilmente, como outrora. Mas o medo de uma queda pode levar a outra. Daí: dúvida. Como saber? Não há. Eternamente vendados, os olhos. Ou, como se vê, cabisbaixos. E os outros. Estes, não para baixo. Para o lado. Como se à procura de. Será? Não seriam os meus olhos? Afinal, vê-se o que se quer ver, ou não? E as palavras. Lesmas escorregadias que me escapam das mãos. Afirmam sem querer. Ainda assim, revelam o desejo. Mas desejar é incerto. Temerário. Lançar-se ao desejo? Irresoluto. Contudo, quero. Sim. Afirmo. Sem meias palavras. Sem torneios, ou floreios, ou metáforas, ou metonímias, ou símiles, ou hipérbatos, anástrofes ou sínqueses. A Palavra - λόγοσ - deve ser dita. Pronunciada. Em voz alta. Ressonante. Presente. As consequências, suportadas, comme jadis...Mas, temor. As próprias palavras, inspiram. Deve-se olhar para frente. FACE IT. ENCARAR.

E se não, não...

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