quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Impressões primeiras.

Sorrateiramente. Inesperadamente. Subjacente. Mistério. Não sei que pensar. [pausa longa]. Possível? Quisera. Talvez. O amanhã ao amanhã pertence. Quero querer? Dúvida... Em dúvida. Mas pra que a esperança? Só me fodo com ela. Aprendi. Fingir que não é comigo. Tiro a casca. A fruta parece podre. Provar? Melhor não. A indigestão é insuportável. Quem provou, sabe. Pior do que a fruta da árvore do conhecimento. Melhor não. Ainda preso. Tão fortes, nem as amarras de Προμηθεύς. Em comum, algo. Nada, ao mesmo tempo. Ainda em dúvida. Talvez sejam as lentes. A luz que emana de. A distância. Solidão. Desejo de. Só que não levei fogo aos homens. Por que as correntes? Que fiz? Tu sabes. Devorado, também, sem bile, meu fígado, doce. Pasto do abutre.

Possível? Quisera.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Conhece a Verdade e a Verdade vos libertará"

Mi disse...

Ora vejam só: concedendo-se o benefício da dúvida [...] sem já, de saída, prever os final de tudo, ahn? A dúvida prevalece, mais que o urubu pousado na sorte.

Penso que fruto seja podre, pela sua efemeridade, quem sabe? O contato com o ar (por falta de casca) cria muitas reações. É bom raspar a camada apodrecida e recomeçar. O fruto é como o fígado - doce, renova-se e está em contato direto com o podre.

Há também umas palavras estratégicas aí, muito das interessantes: dúvida, mistério, talvez...

Té.

Carla disse...

As minhas viagens pelos blogs da (du)vida me reservam cada surpresa!
Olha só quem eu encontro por aqui?! My teacher.

Texto denso, hein. Gostei.