segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Le désir

Tudo cada vez mais próximo. Ao mesmo tempo: esmaecido. Presença que se impõe. Ausência de si mesmo. Busca de si mesmo. Mas não se encontra a si mesmo, nem em si, nem em outro. Constrói-se um si. Mas como? Junto? E se disjunto? E o que se diz junto? E a cumplicidade? O si é uma construção. Um castelo de areia. Que se dezfaz, com a maré. Que sobe, e desce. E assim se constrói e reconstrói o si. Constantemente. Travail perpétuel. Travail sans sens. Mas quanto dura a maré?E depois da descida, o que vem? Construir um novo castelo? Trabalho de Sísifo? Não se mede valeres a pena. Vale-se. Ou não se vale. Não há razão para. Não se sabe se. Quem sabe se um dia a maré deixará de subir, ou subirá menos, sem ameaça?

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