sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Le paradis artificiels. (Isso não é um plágio).

Pas de Baudelaire. Eu mesmo. Fugas. Descaminhos. Cigarette. Cibiche. Clope. Pipe. Sèche. Tige. Tous la même chose. Todos: des paradis artificiels. Crio eu tudo eu mesmo? Para mim mesmo? De mim mesmo? Seriam reverberações de quereres velhos? Ecos? Serão só perguntas? Seriam meus paraísos de fato artificiais? Tudo, de agora em, serão pergutas. Percebo isso. Não adianta querer respostas. Não há. Está tudo, indefectivelmente, fodido. Não preciso de poème du hachisch nem de comer ópio. Tais escapismos não me cabem mais. Embora adepto de outros. Sim, outros. Ansiolíticos, analgésicos, dores, inquietações. Entre angústias e químicos, vive-se. Tenho lá minhas escapadas. Daí, des paradis artificiels também os meus? Pergunto-me... Intervalo de um século entre. Eu aqui, sob o calor dos trópicos infernais. Entre raivas, ódios, medos, desejos, angústias, arrebatamentos, depressões, bebedeiras, desapontamentos, agonias, obrigações, tédios, ânsias, vômitos, etc., etc., etc. Tudo isso me embrulha. Embola. Embusteia. Emburra. E fico, assim, cada vez mais velho. Velho, doente, áspero, rude, arrogante, desprezível, desprezável, despicable, solitário, isolado, deprimido, deprimente, decepcionado, decepcionante. Que queres tu?

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