sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Baco. Poco, ma Baco.


Baco. Dio del vino. Διώνυσος. Prazer. Coito. Bebida. Lascívia. Luxúria. Fertilidade. Seu pai: não Zeus, mas Caravaggio. Em Διώνυσος: a necessidade do homem. O animalesmo. Melhor: humanesco. O que se quer apagar. Se esconde. Se oprime. Se nega. Mas o que somos: prazer, luxúria, lascívia. Não só carnal. Nem tanto carnal. Também: intelectual, egocêntrica. Em Caravaggio: perfeição da forma. MascoFeminino. Sombra. Luz em Διώνυσος. O resto: sombra. Escuridão. Frutos da embriaguez. Nas mãos de Διώνυσος. À mesa. Ao alcance. No olhar vago, o convite. No convite, a tentação. Do embate entre Διώνυσος e Ἀπόλλω, a tragédia. Forças antagônicas. Complementam-se nele, άνθρωπος. E ele, άνθρωπος, é o princípio e o fim. Mas é menor do que si mesmo. Como disse. Mais que um deus grego, menos que uma besta. Ele, άνθρωπος.

3 comentários:

Camilíssima Furtado disse...

Baco, Dionísio, como queira... Nossas maiores ânsias, fraquezas e vícios representados em fascinante imagem... Lindos. Ambos:texto escrito e texto em tela. Beijinhos...

Josely Bittencourt disse...

Diego, múltiplo e agudo.


Uma rede de intensas referências em seus textos [aqui], ângulos diversos que convergem a um ponto comum de acidez.

!!!

Mi disse...

Hallo.

Bela foto. E bom texto. Não pude deixar de continuar minhas eventuais brincadeirinhas bacanais (em meu blog) inspirada nele.

Um abraço.
Apareça quando puder.