quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dreizehnten Juni, eintausendneunhundertzweiundachtzig


O dia. Princípio do fim. Contagem regressiva. Cada dia, um dia a menos. Enquanto isso, acumulo um monte de nadas. Nadas acontecem a todo momento. Nada muda sem parar. Incrivelmente perdido. Queria dizer que two roads diverged in a yellow wood, mas as roads, para mim, não são duas. Para todo lado. Só o que vejo. Pobre Frost. Qual é the one less travelled by? Todas igualmente ermas. Inexploradas. Se alguém já passou por ali, não interessa. Se eu não, então ninguém. E assim a História se repete, como Sísifo, na danação eterna. Somos Sísifo. No equívoco da astúcia. Na falta de sentido na eternidade. A certeza: o caminho acaba em penhasco a qualquer instante. Em meio ao nevoeiro, caminho. O passo em falso: o porvir. O porvir: inevitável. E a pedra não nos espera. Já está aqui. Dia após dia. Mas ela não está no meio do caminho. Em verdade vos digo: sendo rolada morro acima.

Um comentário:

Camilíssima Furtado disse...

Cada dia a mais é um dia a menos e às vezes torna-se impossível encontrar algum sentido nisso. Apenas vamos rolando os dados, tentando a sorte, rolando a pedra...