quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre a moral e os bons costumes

Ele novamente (não preciso dizer quem):

Não existem fenômenos morais, apenas uma interpretação moral dos fenômenos.

Sim. Tudo é moral. Nada é a moral. Tudo não passa de sombras. Más leituras. Ou desleituras. Tudo em prol de si próprio. Mas como escapar? Aceitar é moral. Fugir é moral. Negar é moral. Isentar-se é moral. Fechar os olhos é moral. Calar-se é moral. Falar é moral. Quero sair, mas não tem como. Querer sair é também moral. Então: fracasso. Único resultado possível. Acabou o sonho. I have a dream, Luther King. Foda-se. Deu em quê? Porra nenhuma. A mesma merda que aí está, com novas vestimentas. Trocou-se o pão velho pelo leite azedo. Propósito? Não. Digressão. Que tenho a oferecer? Nada. Que preocupações tenho? Nenhuma. Nada é problema meu, a não ser eu mesmo. Leia como quiser. Não me interessa. O melhor de tudo é ler Beckett.

2 comentários:

Anônimo disse...

esse de hoje tá mto bom, está se superando, escrevendo cada vez melhor!

Camilíssima Furtado disse...

Assunto intrigante, polêmico e reflexivo. Quem dita as regras da moral e dos bons costumes? A religião, a família, a sociedade? E quem se importa? WTF! Por que alguém tem de nos dizer o que é correto para nós? Quero que se danem todos! Como disse Erasmo Carlos: "Tudo o que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda!"