domingo, 21 de setembro de 2008

Domingo. Domenica. Dimanche. De nada. Sunday. Sonntag. Sem sentido.

Domingo ( lat. dies dominìcus 'dia do Senhor, o domingo' ). Pas de soleil. Pas de pluie. Enfim: tá bom assim.

Dando continuidade ao propósito de mostrar que, não importando o que possa parecer, all our shit is fucked up, estou eu aqui, em pleno domingo, trabalhado e, em meio ao trabalho, aproveito a folga que dou a mim mesmo, com uma dor de cabeça filha da puta que voltou a fazer parte do meu dia-a-dia nos derniers jours, escrevendo. Escrever já virou verbo intransitivo, porque a vida é intransitiva. Talvez reflexiva. Pode ser que dê no mesmo. Mas a vida é sem objeto, nem direto, nem indireto, nem disfarçado, nem descarado. Ma che bello: non sai dire altra cosa. Sim. Não sei. Non ho bisogno. Voilà, c'est tout.

Mas eu ainda não terminei. Vou terminar isso daqui, terminar o que tenho de fazer, reler Macbeth, talvez algo de Harold Bloom ou Kermode sobre a peça para a aula de amanhã e, no fim das contas, chegar à mesma conclusão de antes: o homem é tão grande que se perde dentro do próprio umbigo, como o Thane escocês. E cego, para ecoar o filme de ontem. Ecco come stanno realmente le cose. Così. Lá se vão alguns séculos desde que Macbeth foi escrito e nada mudou. Nor shall it change. E às vezes tenho a impressão de que estou trilhando o mesmo caminho.

Pra terminar, falas da peça, de Macbeth, diante da notícia da morte de sua esposa, memoráveis, frutos que só a elizabethan age poderiam dar:

Out, out, brief candle!
Life's but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more: it is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing.

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